quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

PAULINHO DA VIOLA

Príncipe portelense



Por Julio Cesar Cardoso de Barros


Nome consagrado do primeiro time da MPB em geral e do samba em particular, Paulinho da Viola nasceu no dia 12 de novembro de 1942, no bairro de Botafogo, no Rio. Filho do violonista César Faria, um músico respeitado nas rodas de choro, que tocou no famoso regional Época de Ouro, de Jacob do Bandolim, sua casa era palco de frequentes reuniões de chorões, entre eles algumas figurinhas carimbadas e assinadas, como o mestre de todos Pixinguinha. Isso explica a paixão de Paulinho pelo gênero, no qual transita com a mesma destreza que exibe no samba, tendo composto vários exemplares desse estilo musical surgido no Brasil na segunda metade do Século XIX.
Seu talento de chorão fica patente no álbum Memórias Chorando (1976). Em 1968, um choro seu foi classificado no Festival Internacional da Canção Popular de Majorca, na Espanha, onde seria defendido pelo Zimbo Trio e Elizeth Cardoso, cantora de cujo LP Elizeth Sobe o Morro participara, em 1965, e no qual emplacou dois sambas: Rosa de Ouro (com H. B. de Carvalho e Elton Medeiros) e Minhas Madrugadas (com Candeia). “Na verdade, não sou um sambista, sou um chorão, pois esta foi a minha formação musical”, dizia.

Apesar dessa forte influência, o rapaz cresceu fascinado pelo samba e pelas escolas de samba e seus compositores. Paixão que o levou a se aproximar da Portela, onde foi recebido com grande respeito pela velha guarda, que viu no garoto a sua continuidade. Em 1962 Paulinho integrava a Ala dos Compositores da Escola de Samba União de Jacarepaguá, onde tocava cavaquinho e onde fez seu primeiro samba. Por insistência de seu primo Oscar Bigode, ele acabou indo para a escola de Natalino José do Nascimento, o Natal. Com seu jeito tímido, calado, Paulinho chegou de mansinho e foi logo vencendo o concurso de samba-enredo de 1966, com aquele que seria seu primeiro sucesso: Memórias de um Sargento de Milícias. Pela escola de Osvaldo Cruz ele faria um sucesso estrondoso com o samba-exaltação Foi um Rio que Passou em Minha Vida, lançado em compacto simples em 1969, que virou uma espécie de hino da escola. Ainda bem que o samba estourou no país todo, pois tirou dos portelenses o ciúme por ele ter feito em parceria com Hermínio Bello de Carvalho um dos sambas mais belos de todos os tempos em homenagem a uma escola: Sei Lá, Mangueira (Sei lá, não sei/ Sei lá não sei, não/ A Mangueira é tão grande/ Que nem cabe explicação), defendido por Elza Soares no Festival de Música Popular da TV Record, em 1968. Prova do carinho e consideração dos portelenses pelo jovem compositor foi dada pelo baluarte da Velha Guarda da azul e branco, Monarco, que compôs em sua homenagem o samba De Paulo da Portela a Paulinho da Viola:


Antigamente era Paulo da Portela

Agora é Paulinho da Viola
Paulo da Portela, nosso professor
Paulinho da Viola, o seu sucessor
Vejam que coisa mais bela
O passado e o presente
Da nossa querida Portela


Autor de clássicos como Sinal Fechado, Recado (com Casquinha), composto em 1963, em sua chegada à Portela, Jurar com Lágrimas (1964), Sentimento Perdido (com Elton Medeiros), Coração Leviano e tantos outros sambas que marcaram dos anos 60 para cá, Paulinho integrou o legendário grupo Voz do Morro, com o qual gravou três álbuns e fez diversos shows nos anos 60. Fez parte também do grupo que se formou para tocar no show Rosas de Ouro, de Hermínio Bello de Carvalho, dirigido por Kléber Santos, que reunia nomes como Elton Medeiros, Nelson Sargento, Anescarzinho do Salgueiro, Jair do Cavaquinho, Clementina de Jesus e Aracy Cortes. O show rendeu dois LPs, que se tornaram clássicos do gênero. Em 1968, Paulinho entrou em estúdio com Elton Medeiros, que seria um de seus parceiros mais constantes, para gravar uma obra-prima, o disco Samba na Madrugada, relançado em CD pela Biscoito Fino neste ano de 2010. Co-produzido por Hermínio Bello de Carvalho, com direção musical do maestro Lyrio Panicalli, o disco ajudou a tirar o samba do escaninho que vinha ocupando no passado da música brasileira para recolocá-lo num patamar de qualidade do qual nunca deveria ter saído. No disco, Elton cantava parcerias com Cartola, Mauro Duarte, Zé Keti, Paulinho e o prórpio Hermínio, e Paulinho interpretava sambas seus e parcerias com Candeia e Casquinha. Destaques para Jurar Com Lágrimas (“Jurar com lágrimas que me ama/ Não adianta nada”). “O samba carioca tem as suas tradições. E quase tôdas elas estão neste LP de Paulinho da Viola e Elton Medeiros”, escreveu Luiz Carlos Maciel no jornal carioca Correio da Manhã.

Paulinho canta Sinal Fechado:

Aquele foi um ano mágico para Paulinho, que ganhou o prêmio Golfinho de Ouro do Conselho de Música Popular do Museu da Imagem e do Som, pelos serviços prestados à música, além de classificar o samba Coisas da Vida, Minha Nêga, em quinto lugar na I Bienal do Samba. Foi o ano em que Paulinho se firmou como músico profissional respeitado e de sucesso num país e numa época em que pontilhavam jovens artistas de grande qualidade, como Edu Lobo, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Sidney Miller, entre outros. Paulinho deve ter-se sentido reconpensado pela primeira vez pela opção de se dedicar à música, depois de desistir do emprego de bancário e de perder o vestibular de 1963, que faria dele um economista – e o Brasil talvez tivesse perdido um de seus mais inspirados artistas. Prevaleceu o talento do compositor e o amor pela folia daquele sambista que em 1960 organizou com um grupo de amigos o Bloco Carnavalesco Foliões da Anália Franco, em Vila Valqueire, na baixada de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. A festa continuou no ano seguinte, quando sua música Sinal Fechado, que não era choro nem samba, levou o prêmio de melhor arranjo e arrebatou o primeiro lugar no V Festival de Musica Popular Brasileira, da Record. Paulinho embolsou dez mil cruzeiros novos de prêmio, além da Viola de Ouro, o troféu do concurso. Não havia dúvidas entre críticos e músicos, Paulinho era grande. Sua música mostrou que ele ia além dos terreiros das escolas de samba e das salas de choro. Sinal Fechado não tinha muito a ver com o que ele fizera antes, muito menos com o que era característica das músicas que venciam festivais. E foi a preferida dos colegas compositores e dos músicos que participaram do certame. “Sinal Fechado é uma experiência nova que eu fiz. Mas a música não tem nada de novo. Não existe esse negócio que falam, de que ela abre caminhos”, disse Paulinho, freando a euforia dos que viram em sua canção um fenômeno musical renovador. No ano seguinte Paulinho desfrutaria suas conquistas. Em passeio por Paris com Isa Dantas, sua mulher, uma jovem manequim de 20 anos de idade, filha do jornalista, escritor e diplomata Raimundo Sousa Dantas, Paulinho se sentiu deslocado. “Em Paris me deu vontade de morrer”, revelou ao Jornal do Brasil. As coisas aconteceram muito rapidamente para o jovem vascaíno, que poucos anos antes se divertia nas peladas de rua de Botafogo.
Em 1970, a despeito da humildade e recato do chorão e sambista, o fênomeno Paulinho da Viola continuou causando destempero entre colegas e crítica. “Paulinho conseguiu essa perfeição de ser amado e estimado por todos, coisa raríssima na música popular brasileira, sobretudo agora, que os vários campos estão em luta aberta, luta fraterna, mas aberta”, disse Vinícius de Moraes, abrindo a entrevista que ele deu ao Pasquim. No primeiro semestre do ano saiu o LP Foi Um Rio Que Passou na Minha Vida (Odeon), que mereceu de Juvenal Portela, do Jornal do Brasil o seguinte comentário: “Surge não uma esperança, mas um fato concreto que pode – ou deve - determinar finalmente o caminho a seguir”. Nada a ver com Paulinho, que não nasceu para guru, guia ou morubixaba. Puxado pelo samba que lhe dá título, o disco pegou. “Essa música, embora não seja a que mais gosto, foi a que fez maior sucesso. Eu mesmo custo a entender a aceitação que ela teve, entre todas as classes, entre todas as pessoas. Vendeu tanto discos que nem sei”, declarou Paulinho ao Correio da Manhã, referindo-se à canção título do disco. O sucesso não o afastou dos velhos companheiros dos terreiros de samba. Com o objetivo de dar um impulso à carreira dos velhos sambistas de Osvaldo Cruz e Madureira e tirá-los do anonimato, ele produziu o LP Portela, Passado de Glória, um trabalho antológico relançado em CD algumas vezes.


Os anos que se seguiram não deram descanso ao compositor, que lançou de um a três álbuns por ano, sempre com boa receptividade da crítica, e fez shows em grandes palcos e em pequenas casas noturnas pelo país afora. Compôs, cantou, gravou, produziu. Não teve descanso: “Hoje vou gravar o disco que estou produzindo para o Elton Medeiros, depois tenho um jantar na Portela e, mais tarde, o último ensaio do show”, dizia ele em outubro de 1973. Ele vinha embalado pelo sucesso de dois discos primorosos, A dança da Solidão (1972), em que o samba de tom soturno que dá título ao disco ajudou a alimentar a lenda de que seria um homem triste, vítima de uma desilusão amorosa. E Nervos de Aço (1973), que resgatou o velho sucesso do gaúcho Lupicínio Rodrigues, não fez muito para desfazer a lenda, que vinha do tempo em que ele compôs Tudo Se Transformou (1970), no qual ele chorava em tom menor: “Ela declarou recentemente/Que ao meu lado não tem mais prazer”. Em 1975, seu disco Amor à Natureza reafirmou a qualidade de seu samba e motivou uma turnê pelo circuito universitário paulista. Muito trabalho e pouco dinheiro. Três anos antes ele havia feito turnê parecida e a experiência não tinha sido muito boa: “Fiz o circuito universitário em São Paulo, percorrendo dez cidades. O resultado foi desastroso. Em algumas, o público foi bom, mas a verdade é que para voltar ao Rio tive que pedir 100 cruzeiros emprestados”. Mas Paulinho estava na ativa e não perdia parada. Em 1976 lançou de uma vez pela Odeon Memórias Cantando e Memórias Chorando, LPs nos quais dividiu sua paixão pelo choro e pelo samba. Discos exemplares a indicarar que, se o compositor não abriria caminhos para uma nova onda musical nem determinaria os rumos da MPB, sua carreira estava muito bem alicerçada nas raízes que conheceu nos saraus de Botafogo e nos terreiros da Zona Norte. A coisa foi tão séria que mereceu de José Ramos Tinhorão, o crítico de opinião de pedra, o seguinte comentário no Jornal do Brasil: ”Após alguns anos de carreira, qualquer cantor, músico ou compositor começa a pensar seriamente na possibilidade de produzir pelo menos um disco perteito. Pois Paulinho da Viola acaba de conseguir dois – de uma só vez!”.


   Paulinho: unanimidade entre os críticos

Em 1978, aos 36 anos, quatro filhas de três casamentos, Paulinho chamou o cobra Fernando Faro para produzir seu décimo disco individual, com arranjos que procuraram recuperar a simplicidade do samba de morro. Gravou, do terreiro de Madureira, Apoteose ao Samba, de Silas de Oliveira e Mano Décio, compositores do Império Serrano, e a chula Miudinho, do veterano Bucy Moreira, neto da legendária Tia Ciata, mãe de santo baiana em cuja casa o samba brotou nos primórdios. Para não perder a liga, gravou também o choro Sarau do Radamés, em homenagem ao maestro Radamés Gnatalli, que deu dignidade absoluta aos arranjos de música popular nos anos áureos do rádio. Em 1979 ele gravou seus dois últimos discos pela Odeon, Miudinho e Zumbido. Paulinho entrou nos anos 80 a toda e de gravadora nova. Lançou um disco por ano pela WEA: Paulinho da Viola (1981), A Toda Hora Rola uma História (1982) e Prisma Luminoso (1983). De lá para cá, engatou uma reduzida, se recolheu, sumiu da badalação do showbiz tupiniquim, passou a ser mais econômico nos show que, se diminuíram em número, cresceram em apuro técnico. “Cheguei a fazer shows sem lucro nenhum, mas desde os anos 80 tenho reunido platéias boas, às vezes excepcionais. Acho que depois de um certo tempo de carreira o artista tem um público fiel que vai a seus shows mesmo que ele não tenha um disco novo de sucesso”, diria ele em entrevista a VEJA, em 1995. Os lançamentos novos se reduziram a três ou quatro por década (ver discografia abaixo). Reconciliou-se com a Portela, da qual se afastara nos anos 70 por não concordar com a invasão dos sambeiros – “Já não se fala mais em pastora, mas em compensação existem umas quinhentas mil Bekis Klabin. Eu, por mim, já não sinto o menor prazer” - se dedicou à marcenaria e à mecânica, hobbies antigos, dos quais nem o auge do sucesso conseguiu afastá-lo. Morou em Botafogo, na popular Vila Isabel e no reservado Itanhangá mas, por onde andou, não abandonou o formão, a plaina, o martelo, o violão, o esquadro, o serrote e o cavaquinho. Coisas de artesão e sambista, artista e chorão. E chorão de prestígio internacional. Em 1993, numa edição alemã que reunia artistas de 21 países, ele foi convidado para gravar Samba e Choro Negro, o volume 17 da coleção, representando o Brasil. Mas os anos 90 reservariam uma chateação muito grande para o compositor.

Na Madrugada, parceria com Elton Medeiros

O réveillon de 1995 foi uma grande decepção para Paulinho da Viola. Recatado e discreto ele se viu exposto numa polêmica envolvendo o cachê dos artistas que fizeram o show promovido pela prefeitura na praia de Copacabana. Foi uma noite de arromba, com Caetano, Gil, Gal, Chico Buarque, Milton Nascimento e Paulinho da Viola, que prestaram “Tributo a Tom Jobim” para uma multidão. Mas os dias que se seguiram desmancharam toda a alegria da festa. A notícia de que Paulinho teria recebido um cachê que equivalia a menos de um terço do dos demais artistas revoltou os fãs e chocou Paulinho. Todos receberam 121 mil reais, menos ele, que recebeu 35 mil. “Os produtores me disseram que o valor seria o mesmo para todos”, queixou-se. O Ministério Público ofereceu denúncia contra promotores do evento, prefeitura e artistas e o pagamento dos cachês foi suspenso. Isso não o impediu de nos dois anos seguintes lançar com entusiasmo os discos Bebadosamba e Bebadachama (este gravado ao vivo no Tom Brasil, em São Paulo). Bebadosamba lhe valeu seu primeiro disco de ouro e garantiu uma turnê que percorreu o país, como nos velhos tempos, com lotação esgotada no Rio e em São Paulo e por onde passou. Em 1999 operou a vesícula, comemorou 35 anos de carreira no Teatro Rival (onde em janeiro recebera o Troféu Eletrobrás de MPB) e lançou Sinal Aberto, um CD duplo gravado ao vivo, fruto de um reencontro no palco, depois de 30 anos, com o violonista e compositor Toquinho, com quem partilhara os holofotes num show, em 1969, ao lado de Jorge Ben, Aracy de Almeida e Trio Mocotó.
Em 2004, um susto: foi levado ao Hospital Copa D’Or para tratar de uma arritmia cardíaca. Nada de grave. Em 2006 ele voltou a se apresentar num show de passagem de ano, só que agora no Recife, onde 150 mil pessoas foram vê-lo cantar seus sambas na praia da Boa Viagem. Em 2007, um baque forte: a morte do pai César Faria, por infarto, aos 88 anos. E nova decepção no réveillon. Seus planos de ver a queima de fogos na Barra, ao lado da mulher Lila Rabello, com quem tem quatro de seus sete filhos, foram frustrados por um assalto à mão armada. Cinco bandidos fecharam seu carro na Estrada do Itanhangá e levaram seus pertences, inclusive a medalha de ouro de Santo Antonio, que Paulinho portava. O compositor, um carioca do tempo em que o Rio era uma terra muito menos violenta, ficou profundamente chateado. Passou o final de ano recluso. Mas o ano não foi perdido, saiu seu CD Acústico MTV, pela Sony/BMG, no qual apresentou a inédita Talismã, composta em parceria com Marisa Monte e Arnaldo Antunes.

Paulinho canta Talismã:

Paulinho não é dado a exuberâncias. Tem por hábito não brigar com a realidade ou se esconder no saudosismo. Seu som tem raízes profundas no passado musical deste país, mas ele não exibe um grama de nostalgia. Elegante como um príncipe em sua simplicidade, Paulo César Batista Faria não solta fogos apoteóticos por uma carreira tão sólida. Prefere o brilho dos pirilampos. Isso talvez explique a falta de um lançamento comemorativo de seus 60 anos, em 2002. As negociações enroscadas com gravadoras talvez expliquem melhor a questão. Mas ele não foi esquecido, o jornalista João Máximo publicou pela editora Relume Dumará Paulinho da Viola: Sambista e Chorão, uma biografia do artista, e a cantora Tereza Cristina gravou dois CDs com o Grupo Semente contemplando a obra do compositor. Na ocasião, foi anunciada a realização do documentário sobre sua vida e obra intitulado Paulinho da Viola – Meu Tempo é Hoje (título adequado à sua falta de saudosismo), com argumento de Zuenir Ventura e direção de Izabel Jaguaribe, lançado em DVD no ano seguinte. Ele limitou sua comemoração a um show no Teatro João Caetano, no Rio. Agora, que ele saiu da casca para uma série de shows, espera-se para 2012 um pouco mais de furor na festa de seus 70 anos. Como dizia o baiano Batatinha:


O samba bem merecia

Ter ministério algum dia
Então serias ministro
Paulo Cécar Batista Faria



DISCOGRAFIA



Roda de samba – Musidisc (1965)

Rosa de ouro - Odeon (1965)
Roda de samba 2 - Musidisc (1966)
Rosa de ouro - Odeon (1967)
Os sambistas – Musidisc (1967)
Paulinho da Viola – Odeon (1968)
Samba na madrugada – RGE (1968)
Foi um rio que passou em minha vida • Odeon • (1970)
Paulinho da Viola – Odeon (1971)
Paulinho da Viola (II) – Odeon (1971)
A dança da solidão – Odeon (1972)
Nervos de aço - Odeon (1973)
Amor à Natureza - Odeon (1975)
Paulinho da ViolaDez Anos – EMI/Odeon (1976)
Memórias chorando –  Odeon (1976)
Memórias cantando - EMI/Odeon (1976)
Paulinho da Viola - EMI/Odeon (1978)
Zumbido – EMI/Odeon (1979)
Miudinho - EMI/Odeon (1979)
Paulinho da Viola – Atlantic/Wea Music  (1981)
A toda hora rola uma história – Atlantic/WEA Music (1982)
Prisma luminoso – Atlantic/WEA Music (1983)
Eu canto samba – RCA (1989)
Choro Negro – Paulinho da Viola & Ensemble - WDR (1993)
Tal pai, tal filho – CID (1996)
Bebadosamba - BMG (1996)
Bebadachama – ao vivo - BMG (1997)
Sinal Aberto – com Toquinho – ao vivo BMG – (1999)
Meu tempo é hoje – Biscoito Fino (2004)
Paulo César Baptista de Faria – Trama  (2006)
Paulinho da Viola – Acústico MTV (2007)

VEJA.COM 26/10/2010

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