segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

LENY ANDRADE

Do samba ao bolero

Leny: mais de 50 anos de carreira

Por Julio Cesar Cardoso de Barros

Leny Andrade foi crooner de orquestra cantando todos os estilos musicais, mas notabilizou-se no samba-jazz, onde exibe seu suingado de excelência incontestável. Mas pouca gente canta bolero como ela, que viveu no México por cinco anos, fazendo shows e juntando fãs entre os melhores do ramo, como Lucho Gatica e Armando Manzanero. Aos 50 anos de carreira, ela investe nessa vertente no CD Alma Mia (selo Fina Flor), que reúne 14 faixas do gênero. Carioca do Méier, ele iniciou a carreira aos 9 anos, se aprentando no programa Clube do Guri, da rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Aos 15 anos, se tornou cantora da orquestra de Permínio Gonçalves e em 1962, depois de uma temporada com Sérgio Mendes no famoso Beco das Garrafas, lançou seu primeiro disco, A Sensação, pela RCA Victor, no qual já se fazia notar seu ecletismo. O balanço de Sambop (Durval Ferreira e Maurício Einhorn) contrastava com a bossa nova deSamba de Uma Nota Só (de Tom Jobim e Newton Mendonça) e o samba-canção de tempero bem romântico (Filosofia, de Aldacir Louro e Linda Rodrigues). Aquele foi um disco de estréia para ninguém botar defeito. O novo CD abre com o clássico El Dia Que Me Queiras, de Carlos Gardel e Alfredo La Pera, segue por Alma Mia (Maria Grever), Sabrá Dios (Álvaro Carrillo) e outros exemplares de primeira linha. Leny continua em grande forma.

VEJA.COM 25/06/2010

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